Aprender com quem entende de um problema, justamente por ser afetado direta e/ou indiretamente por ele. Sem rodeios e com simplicidade, essa é uma boa definição para o conceito (por óbvio mais amplo e complexo) de aprendizagem evolutiva. Em outras palavras, aprendizagem evolutiva é envolver em decisões aqueles que serão afetados por elas e aprender nesse processo.
Trabalhar de forma colaborativa, coordenada e em equipe é fundamental quando se explica o que é aprendizagem evolutiva. É o que atesta um dos teóricos da aprendizagem evolutiva, o advogado e professor da Universidade de Columbia (EUA), James Liebman. Assim como sustenta que, para soluções mais efetivas de problemas, os envolvidos devem ser ouvidos e responsabilizados a desenvolver as soluções.
Definição de aprendizagem evolutiva
“Uma maneira disciplinada de melhorar.” Essa, a definição de Liebman para explicar o que é a aprendizagem evolutiva. Em contraponto a outras abordagens, esse conceito se explica como uma forma rápida de aprender pela experiência dos envolvidos ou pessoas próximas e afetadas por um problema.
Em outras palavras, a aprendizagem evolutiva preconiza envolver no processo decisório aqueles que serão afetados por ele. Assim, o propósito é diminuir o tempo entre a ideação de uma ou várias soluções e sua execução. A ideia é a de que o aprendizado é mais efetivo quando evolui da teoria para a prática.
Papel do professor na aprendizagem evolutiva
Os professores têm destacado papel nesse método e processo de aprendizagem. De forma empática, devem abandonar o seu posto hierárquico formal para atuarem mais como facilitadores pedagógicos. Os quais têm a função básica de auxiliar no estabelecimento de metas e estratégias, fundamentalmente. Além, é claro, de fornecerem informações e ferramentas adequadas aos alunos nesse processo pedagógico de aprendizagem.
Ao mesmo tempo em que auxiliam os alunos, os professores devem fomentar a autonomia na escolha de boas práticas e no teste de estratégias. Ao coordenar os esforços dos estudantes na busca de soluções, os mestres precisam incentivar a troca e o compartilhamento de informações durante todo o processo, que deve ser colaborativo.
As cinco etapas da aprendizagem evolutiva
O trabalho conjunto e colaborativo entre educadores e educandos, pode e deve envolver as instituições de ensino. As gestões das escolas precisam contribuir para que as estratégias pensadas em sala de aula possam evoluir para a prática.
Nesse sentido, a aprendizagem evolutiva envolve e engaja toda a comunidade escolar, em maior ou menor grau.
A partir do momento em que se evolui das estratégias aos planos de ação, dá-se início ao processo de resolução de problemas, dividido em cinco etapas.
1. Detalhar a questão a ser resolvida.
2. Identificar causas – as raízes do problema.
3. Idear soluções.
4. Executar. Por a mão na massa e monitorar as soluções aplicadas.
5. Avaliar resultados.
É provável que, cumpridas essas cinco etapas, a solução encontrada não seja a mais efetiva nem a mais adequada. Se acaso essa for a avaliação, então, deve-se retornar ao começo e refazer todos os passos. Ou, até rever os processos por meio da resolução de problemas. É exatamente nesse momento, quando se constata uma diferença entre as expectativas e os resultados, que a aprendizagem evolutiva ganha força e impulso, evoluindo em processo de melhoria contínua.
Por consequência, a aprendizagem evolutiva cumpre com sua finalidade quando otimiza processos e exponencializa as chances de sucesso. Sempre favorecendo e exigindo a participação e a colaboração dos envolvidos e interessados.
Aprendizagem evolutiva: gestão escolar, formação e autonomia
Em conclusão, para responder à pergunta título desse post: o que é a aprendizagem evolutiva?, podemos afirmar que consiste em dialogar com os envolvidos em determinada problemática e botar em prática possíveis soluções o mais rápido possível. O propósito é que as tentativas em resolver ou avançar em alguma questão/problema, deixam uma solução final mais próxima, a cada tentativa.
Ao mesmo tempo, os professores necessitam de autonomia, formação e capacitação para aplicar esse método e os seus processos em sala de aula. As gestões escolares precisam atuar nessa frente, acreditar em seus profissionais e oportunizar treinamento que os habilite a trabalhar de forma não hierárquica, em equipe e com autonomia. Dessa forma, os professores estarão aptos para trabalhar e evoluir com os alunos, como profissionais e estudantes melhores.