A Grande Revolução Cultural Proletária, ou simplesmente a Revolução Cultural, que teve início em 18 de agosto de 1966 e se encerrou com a morte de Mao Tse Tung em 1976, representa um dos acontecimentos marcantes da história chinesa contemporânea, com considerável repercussão internacional.
Em 1966, Mao decide lançar a Revolução Cultural a fim de consolidar seu poder apoiando-se na população jovem. Desejava expurgar o Partido Comunista de seus elementos “revisionistas” e limitar o poder da burocracia. Os “guardas vermelhos”, grupo de jovens inspirados pelos princípios do Pequeno Livro Vermelho tornaram-se o braço ativo dessa revolução e puseram em causa a direção do Partido.
Os intelectuais, assim como os quadros partidários, foram publicamente humilhados. Os tradicionais valores chineses e alguns valores ocidentais foram denunciados em nome da luta contra as “quatro velharias”. Milhares de esculturas e templos budistas foram destruídos. Os “guardas vermelhos” se expressam politicamente pelos “dazibao”, cartazes afixados nos muros. O caos se estabeleceu antes que a situação fosse empalmada por Chu en Lai. A agitação permitiu a Mao retomar o controle do Estado e do Partido, todavia, foi um alto preço, pois a Revolução Cultural foi responsável pela morte de milhares de pessoas.
O Grande Salto de 1958 custou o posto de presidente da China de Mao, e foi uma das consequências da política econômica adotada. O Congresso Nacional Popular elegeu então Liu Shao Shi como seu sucessor. Ainda que se mantivesse oficialmente no comando do Partido, Mao foi sendo paulatinamente afastado da gestão econômica, que passou a ser confiada a uma elite mais moderada, dirigida essencialmente por Deng Xiao Ping, Liu Shao Shi e alguns outros.
Após o fracasso do Grande Salto, Liu Shao Shi decide em 1960, adotar um programa mais moderado e realista para a recuperação econômica. O acadêmico Yang Jisheng informou que Liu, tomando consciência das consequências da Grande Fome, disse a Mao: Com tantos mortos de fome, a História nos acusará inclusive do canibalismo”.
A maioria dos quadros do Partido recusam-se a apoiar Mao em sua tentativa de relançar o processo revolucionário por meio do Movimento de Educação Socialista entre 1962 e 1965. Esta oposição levou Mao a desencadear a Revolução Cultural.
Fonte: UOL
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