Embora a adaptação escolar seja um processo muito importante para todo o corpo discente nessa volta às aulas 2022. Sem dúvida, é imprescindível para os alunos da educação infantil.

Afinal, eles não estudam… De fato, as crianças vivem e convivem com seus colegas e professores. Por isso, a adaptação escolar é uma atenção e um acolhimento totalmente necessários, especialmente, em tempos de pandemia.

Adaptação escolar em tempos de pandemia

Para crianças da educação infantil, particularmente, a característica e a situação de ineditismo de vivências na escola e nas relações com coleguinhas e professores é uma constante.

De fato, a rotina e o cotidiano são exceções. Certamente, as primeiras vezes e as novas experiências é que são muito mais frequentes nesse momento da vida escolar das crianças.

A questão é que esse cenário gera um sem-fim de emoções e sentimentos, os quais precisam de atenção e do acolhimento dos profissionais da educação.

Também, porque depois de dois anos em situação de pandemia, muitas vezes, preexistem questões emocionais a serem atendidas e acolhidas.

Em princípio, não é uma situação confortável nem natural para ninguém. Principalmente para as crianças, que começam sua jornada cognitiva em um mundo mais conturbado que o normal.

Em síntese, é superimportante que a escola e os profissionais de educação atuem para garantir o encantamento dos pequenos para com as descobertas do mundo e de si, nas perspectivas da escolarização e da educação.

Aulas presenciais e adaptação escolar 2022

Para além dos processos e metodologias que a docência, a pedagogia e psicologia têm sistematizado para adaptação escolar em condições normais de temperatura e de pressão, na volta às aulas 2022 temos novos componentes.

Isto é, o cuidado socioemocional normalmente dispensado pelos profissionais da educação e pela família para a adaptação escolar, na volta às aulas 2022, precisa ser turbinado com mais atenção, mais acolhimento e mais empatia.

Sem dúvida, uma contingência da pandemia que convoca e impõe maior disponibilidade de professores e da escola, bem como de pais e responsáveis.

Afinal de contas, depois de tanto tempo em isolamento e com a necessidade de distanciamento social (que ainda persiste), a volta às aulas em regime de ensino presencial precisa, sim, de uma boa adaptação escolar.

O que significa, principalmente, tempo. Ou seja, pais e responsáveis devem adequar suas rotinas para poder dedicar mais tempo aos necessários e compartilhados processos de adaptação escolar dos filhos. Tanto em casa, quanto no ambiente escolar.

Da mesma forma, professores e demais profissionais da educação devem planejar as primeiras semanas de aula com mais tempo para os processos de acolhimento, de socialização, de informação, de consensualização e de conscientização.

Adaptação escolar é um processo compartilhado e colaborativo

Sob o ponto de vista da educação, a adaptação escolar é um processo que deve ser compartilhado entre escolas e famílias, de forma colaborativa e corresponsável.

O cenário, é o mesmo de sempre: crianças e familiares compartilham e colaboram para construir as relações afetivas e socioemocionais entre si e com a instituição de ensino e o ambiente escolar.

Todo o processo de familiarização aos novos espaços e às novas companhias (colegas, professores e profissionais da educação) também continua igual.

Todavia, uma série de questões relativas e derivadas da pandemia, como a atenção e o respeito máximos aos protocolos e aos processos de compliance em biossegurança são uma novidade importante e desafiadora.

Afinal de contas, em última análise, a vida de todos pode depender das ações, posturas e atitudes da rotina e da convivência comum em sala de aula e no espaço escolar.

Como resultado, esse ainda novo contexto de pandemia exige muito mais atenção, cuidados e boas práticas pedagógicas e de gestão para acolher, socializar, informar, conscientizar e formar o consenso responsável e solidário entre todos, em benefício de todos.

Enfim, um processo complexo, com certeza. Mas totalmente necessário, que deve gerar resultados de curto prazo, no dia a dia da escola.

Com toda a certeza, os benefícios e resultados têm potencial exponencial a médio e longo prazos na formação dessas crianças.

Sob o ponto de vista educacional e do desenvolvimento cognitivo e da autonomia intelectual dos jovens, as práticas e os ensinamentos necessários à adaptação escolar durante a pandemia devem resultar em cidadãos e seres humanos mais solidários, colaborativos e responsáveis pelo bem-estar comum.

Assim esperamos, com certeza.