6 Problemas na agenda escolar em papel!
Sabemos que a comunicação escolar deve ser bem feita, isto é, assegurar que pais e escola estejam ao par dos acontecimentos na instituição. Mas será que a antiga agenda escolar em papel ainda dá conta? Abaixo listamos 6 problemas na agenda escolar, e com certeza, muitas escolas ainda passam por isso!
- Fato: A agenda de papel precisa ser colocada na mochila, tanto em casa quanto na escola.
Problemas: pode ser esquecida, em casa ou na escola; ser avariada (molhar, sujar, rasgar); ser mandada por engano, na mochila de outro aluno; ser perdida.
- Fato: na escola, o professor precisa recolher as agendas de todos os alunos, abrir, ler e preencher uma a uma.
Problemas: para turmas de tamanhos regulares, o professor precisa, ao menos, de 40 minutos para cumprir esta tarefa.
É necessário escrever a mão todos os recados e relatos, bem como recortar e colar os avisos gerais.
Enquanto ele se ocupa com isso, os alunos estão fazendo alguma atividade, assistindo um vídeo ou algo do gênero. Podem ou não estar sob a supervisão de um auxiliar.
- Isso significa que, nos cinco dias de uma semana escolar, 3,5 horas que poderiam estar sendo aproveitados pedagogicamente, estarão sendo utilizadas para a função preencher agenda.
- Em um mês, são 13,5 horas. Em quatro bimestres, cerca de 107 horas.
- Ou seja, durante um ano letivo, os alunos são privados do acompanhamento direto do seu professor por cerca de 107 horas.
- Fato: Todos os dias, o professor precisa parar a aula e sentar para preencher as agendas. Ele pode tanto deixar os alunos fazendo uma atividade e observá-los enquanto se ocupa com os registros ou contar com um auxiliar para supervisionar a turma.
Problema: Esse momento diário pode representar um componente de tensão para o professor.
Ele precisa focar e pensar com cuidado tudo o que for registrar, pois, como falamos anteriormente, a agenda é um documento super importante na vida dos alunos.
Nos casos que há um auxiliar em sala, essa tensão é abrandada, mas muitas vezes o professor não conta com essa ajuda.
Nesses casos, a sua atenção estará sempre dividida entre observar os alunos e escrever na agenda em papel.
- Fato: Da escola, só o professor tem o acesso diário ao conteúdo das agendas de papel.
Problema: Uma escola, por menor que seja, tem várias turmas. Não é viável, portanto, que a direção passe nas salas para verificar como está ocorrendo a troca de informações pela agenda de papel.
Assim, a direção fica alheia a esse processo tão importante para todos os envolvidos e fica sem saber vários aspectos, entre eles:
- O quê e como os professores estão escrevendo para os pais?
- As informações mais relevantes estão sendo passadas?
- A redação é clara e gramaticalmente correta?
- Os termos usados são adequados?
- Utiliza gírias, palavrões, abreviações (vc, pq, enqto), substituem acentos por “h” (neh, soh)?
- Fatos mais delicados são abordados de forma apropriada?
- A comunicação dos professores muito formal e fria?
- É muito próxima, como se fossem amigos pessoais dos pais?
- É muito infantilizada?
- É ofensiva ou punitiva?
- Faz cobranças exageradas?
- Fato: Com a agenda de papel, os pais só terão acesso aos registros quando o filho chegar em casa.
Problema: A maioria dos pais e mães tem um ritmo de vida intenso, com alta carga da trabalho e responsabilidades.
Isso pode significar que só terão condições de ler a agenda em papel bem mais tarde, quando estiver mais tranquilo, porém bastante cansado, e muitas vezes até após o filho já estar dormindo.
Nessas condições, é natural que o nível de atenção que conseguirão ter para compreender os registros estará bem diminuído, mesmo que se esforce bastante.
Além disso, o filho também estará cansado ou mesmo dormindo, o que dificulta uma conversa sobre os acontecimentos do dia e as observações feitas pelo professor.
- Fato: Impressões em papel causam impacto ambiental e vão contra os princípios da sustentabilidade.
Problema: Produzir agendas de papel provoca impactos ambientais.
O principal deles é associado à fabricação do papel, que exige a derrubada de árvores para a extração da celulose.
O resultado é a devastação de florestas nativas, que dão lugar a espécies como eucaliptos e pinus.
Além disso, o processo de produção do papel envolve adição de componentes químicos na água.
Quando não descartados corretamente, esses resíduos tóxicos podem prejudicar seriamente o meio ambiente. Para o branqueamento do papel, por exemplo, são utilizados cloro e agentes corrosivos que afetam os ecossistemas aquáticos.
Ou seja, as escolas se esforçam para educar os seus alunos em prol de um mundo mais sustentável, de proteção aos recursos naturais, mas desconsideram essa filosofia quando adotam a agenda escolar em papel.
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