
5 dicas para incentivar os filhos a fazer as tarefas da escola
Antes das cinco dicas para incentivar os filhos a fazer as tarefas da escola, vou abordar um aspecto fundamental desse assunto. Uma dúvida comum entre boa parte das famílias: pais e responsáveis devem auxiliar nas tarefas da escola?
Embora a resposta seja simples: sim!
A prática, no entanto, é um pouco mais complexa e exige equilíbrio.
Saiba a diferença entre incentivar e auxiliar
Sem dúvida, incentivar e auxiliar têm o mesmo propósito. Do ponto de vista da educação e da participação dos pais na rotina escolar dos filhos, de formas diferentes, ambos contribuem para o desenvolvimento e a autonomia dos jovens.
Contudo, para o que nos propomos nesse blog post (dicas para incentivar os filhos a fazer as tarefas da escola), a diferença semântica importa. Veja nas figuras do dicionário de português do Google, proporcionado pela Oxford Languages.
Afinal, as dicas são no sentido de “criar ânimo ou vontade de”, “impulsionar, promover”, “despertar o ânimo, o interesse, encorajar, estimular”.
De fato, um passo antes de auxiliar e/ou ajudar. O que pressupõe participação e colaboração ativa, ou seja, com “papel secundário em determinada atividade”.
Certamente, ainda escreverei sobre como, quando e porque as famílias devem ajudar de forma ativa nos temas e trabalhos de casa.
Em resumo, o auxílio dos pais nas tarefas da escola deve ocorrer de forma equilibrada. Em outras palavras, as famílias devem contribuir e, ao mesmo tempo, preservar a autonomia e a responsabilidade dos estudantes.
Enfim, neste blog post, trago dicas menos colaborativas e mais empáticas. Isto é, dicas que exigem dos pais apenas “postura e empenho” para que crianças e adolescentes criem a noção de responsabilidade para com as tarefas escolares e com a sua educação.
Participar da educação dos filhos é superimportante
Por certo que a afirmação do subtítulo acima é inatacável. Afinal, é essencial para potencializar a educação plena, o desenvolvimento das competências socioemocionais e a construção da autonomia intelectual.
Com toda a certeza, pedagogos, professores, instituições de ensino e demais especialistas e pesquisadores em educação concordam sobre a relevância da participação das famílias na educação dos filhos.
Em síntese: famílias presentes fazem bem aos filhos e à educação. Tanto no ambiente escolar quanto em casa, ao incentivar os filhos a fazer as tarefas da escola.
Por isso é que escrevi os quatro mais recentes blog posts sobre esse tema:
A participação das famílias na escola
Atrair as famílias para a escola
Participação das famílias na rotina escolar
Participar da educação dos filhos
Não deixe de acessar e ler sobre esse tema sempre significativo e atual.
Especialmente, após dois anos em pandemia. Sem dúvida, a participação das famílias na rotina escolar e na educação dos filhos ganha ainda maior relevância no início do ano letivo de 2022.

5 dicas para incentivar os filhos a fazer as tarefas da escola
Sem mais delongas, vamos ao que interessa: incentivar sem comprometer a autonomia e o senso de responsabilidade na hora estudar e fazer as tarefas da escola.
Incentivar os processos de aprendizagem
A participação na vida escolar dos filhos, inegavelmente, traz só benefícios para os processos de aprendizagem.
Como resultado, o aprendizado, a sociabilidade e o desenvolvimento da empatia, dentre outras habilidades e competências socioemocionais se beneficiam do impacto positivo. De fato, é ainda mais notável quando existe o compromisso e o processo de incentivar os filhos a fazer as tarefas da escola.
Assim, incentivar a vontade e o desejo de obter um bom desempenho escolar é responsabilidade de famílias engajadas na educação dos filhos.
O hábito faz o monge
Estabelecer e cumprir uma rotina adequada de estudos traz só benefícios para crianças e adolescentes. Nesse sentido, a disciplina, naturalmente, levará à formação do hábito de estudar e fazer as tarefas da escola.
É como diz outro ditado popular: “a disciplina nos leva a lugares aonde a motivação não chega”.
Por esse motivo, é fundamental incentivar o cumprimento de uma rotina de estudos.
Nem que, inicialmente, os pais tenham de exercer alguma autoridade e extrapolar o “incentivar” para até o “impor”. Por óbvio, com equilíbrio e sem excessos.
Até poderia ser uma dica à parte. Contudo, é tão óbvia que apenas trago como complemento à formação do hábito de estudar. Enfim, garantir espaço adequado, silencioso e organizado para evitar distrações na hora de fazer as tarefas da escola.
Incentivar os filhos a fazer as tarefas da escola requer envolvimento e participação
Sem dúvida, a experiência educacional é melhor e mais proveitosa quando existe a participação e o envolvimento das famílias na rotina escolar dos filhos.
Uma forma muito efetiva de incentivar os filhos a fazer as tarefas da escola é quando eles percebem que os pais estão realmente envolvidos em sua educação.
Mas, como isso se dá? De forma natural e cotidiana, por meio do real interesse em perguntar, conversar e querer saber. Pergunte, sempre, sobre o que acontece em sala de aula, no ambiente escolar, nos processos de ensino-aprendizagem etc.
Estabeleça o diálogo franco e aberto. Saiba quais são as disciplinas que mais gostam. Algumas são mais difíceis? Quem e quantos são os colegas em sala de aula? Nutrem maior simpatia ou amizade por alguém? Alguma antipatia? Quais são os professores mais e menos preferidos?
Enfim, quando se fala em envolvimento e participação, é disso que se trata. E, também, é como os filhos percebem e reconhecem o real interesse dos pais em sua educação.
Incentivar, valorizar e reconhecer a autonomia intelectual
Muito antes de incentivar os filhos a fazer as tarefas da escola, é preciso estimular a segurança e valorizar a autonomia intelectual de crianças e adolescentes.
Em outras palavras, os jovens devem se sentir seguros, confiantes e responsáveis pelo seu desenvolvimento e valorizar o pensamento crítico e a sua autonomia intelectual.
Certamente, os pais têm participação nessa construção, que é afetiva, socioemocional e psicossocial.
Incentivar a segurança e a confiança é estar presente e auxiliar em momentos de insegurança.
Incentivar o pensamento crítico e a autonomia intelectual é conversar, orientar e explicar aos filhos que não devem “aceitar” ideias e pensamentos sem questionar, analisar e avaliar.
“Dai a César o que é de César.” Essa passagem bíblica (Mateus 22:21), proferida por Jesus ao escapar da armadilha retórica dos fariseus. De tão famosa, virou um ditado popular.
Como todo ditado popular, além da fácil assimilação, contém sabedoria que, no caso, orienta a reconhecer, elogiar e valorizar quando os filhos atingem níveis de autonomia intelectual.
Nesse sentido, reconheça e valorize o esforço e o empenho nos processos de aprendizagem e a evolução da autonomia intelectual dos filhos. Sem dúvida, é um poderoso incentivo para se desenvolverem, se tornarem capazes de melhores escolhas e para serem responsáveis por suas decisões.
Quem lê, fala bem e pensa melhor ainda
A leitura é fundamental para os processos de aprendizagem e para o pleno desenvolvimento educacional e da autonomia intelectual dos estudantes.
Tanto é que dentre os muitos sinônimos de “ler”, estão “apreender”, “compreender”, “entender”, “interpretar”, “analisar”, “decifrar”, “estudar” etc.
Com toda a certeza, pais que leem são o melhor e o maior incentivo de todos.
No entanto, crianças menores têm grande prazer em ter os pais lendo para elas. Assim, ler para os filhos é incentivá-los a ler.
Outra estratégia é conhecer os gostos e assuntos que interessam aos filhos. Dessa maneira, fica fácil comprar os livros certos para melhor incentivá-los à leitura. Principalmente, quando os filhos já são adolescentes.
Acima de tudo, dispensar tempo, atenção e dar o exemplo são as melhores estratégias e práticas para estimular a leitura. Mas, também, para incentivar os filhos a fazer as tarefas da escola.
