Importância dos limites
A imposição de limites desde a infância contribui para o desenvolvimento e para a saúde física, mental e emocional de crianças e jovens.
Então, dizer “não” é importante para a educação dos filhos, é o que atestam especialistas em educação infantil e médicos psiquiatras. Além de, comprovadamente, ter efeito preventivo com relação a problemas de indisciplina na escola.
Além disso, muitos pais têm dificuldades para dizer “não” aos filhos. Precisam criar a consciência de que só dizer “sim” gera jovens mimados e adultos sem autonomia, dependentes e inseguros.
Acima de tudo, crianças e jovens precisam ser ensinados a lidar com limites e frustrações. Mais que uma teoria, é fato comprovado e demonstrado cientificamente pela psiquiatria e um dos papéis das famílias no processo educacional dos filhos.
Equívocos e confusões de nosso tempo
Existe, entre muitos pais, a confusão e o equívoco sobre a função da família em relação à educação dos filhos, que é a formação moral e ética. Ao esquecerem-se disso, têm como preocupação apenas possibilitar felicidade irrestrita às crianças.
Ou seja, outro equívoco! Esse comportamento acabará por gerar adultos com uma visão irreal e distorcida da vida. Pessoas que não estarão preparadas para lidar com os “nãos” do mundo.
Mal-entendido comum ocorre pela confusão entre limite e castigo. São completamente diferentes e de abrangência diversa, isto é, enquanto o primeiro é desejável e aplicável a todos, o segundo é específico e aplicável caso a caso e em acordo com cada situação.
Além disso, o diálogo se demonstra superior como forma e função na maioria das questões disciplinares que envolvem crianças. É um processo de troca no qual a família dá condições e espaço para que os jovens se expressem e comuniquem suas angústias e anseios.
Se impor limites é uma função e um papel importante, saber ouvir os filhos é de grande valia, pois torna esse processo mais eficiente e amoroso. É a importância dos limites no convívio familiar.
Por essas e outras é que se diz que a família é a base da educação. Assim, fica fácil entender que a Educação começa é em casa. E, que deve se estender ao ambiente escolar.
E a escola como contribui sobre a importância dos limites?
Pois bem, a escola dá continuidade à educação iniciada na família. Em um movimento sinérgico e harmônico, instituições de ensino e famílias trabalham juntas pela educação e desenvolvimento dos jovens.
Você, que está lendo esse texto, sabe que não é bem assim… Deveria ser, mas a realidade e a velocidade do nosso tempo transformam o parágrafo acima em utopia.
A prática, no mais das vezes, se demonstra exatamente contrária. As famílias, acabam por delegar a responsabilidade e terceirizar sua participação na educação dos filhos às escolas.
O filósofo e professor Mário Sérgio Cortella, em entrevista concedida à Revista Crescer, em novembro de 2016, tem uma boa e ilustrativa abordagem sobre o assunto.
Questionado sobre o limite entre os deveres de pais e professores na instrução dos jovens, responde que as quatro ou cinco horas que as crianças e adolescentes passam nas escolas já não são idealmente suficientes para que os professores consigam cumprir com todo o currículo necessário para ensinar:
“A educação para o trabalho, educação para o trânsito, educação sexual, educação física, artística, religiosa, ecológica e ainda português, matemática, história, geografia e língua estrangeira moderna”.
Ele afirma perceber um equívoco corrente na maioria das famílias: achar que, com toda essa carga de atividades, as instituições de ensino têm a obrigação de assumir as responsabilidades dos pais em educar seus filhos e lidar com a indisciplina na escola.
Segundo Cortella, a função da escola “é a escolarização” (ensino, vivência científica, estruturação da cidadania, formação e responsabilidade social).
Interferência ou participação
Notadamente, nos últimos 15/20 anos, outra confusão comum na sociedade se dá ao distorcer ou perceber de forma equivocada qual o papel dos adultos na educação dos filhos e a relação desses com as escolas.
O que deveria ser participação e parceria tem se demonstrado interferência e separação. O professor Cortella, fala que as famílias têm esperado das escolas uma relação puramente mercantil, orientado e subordinado ao Código do Consumidor.
O que acaba causando problemas em várias esferas, principalmente na comunicação e em uma “estranha relação” baseada na interferência e na cobrança em vez de parceria e participação.
Tecnologia como solução
Para romper com essa relação, a escola tem de estar aberta e incentivar a participação de todos sobre a importância dos limites.
A melhor e mais eficiente forma das instituições de ensino superarem o desafio de estabelecer proximidade e promover a participação dos pais é por meio da comunicação efetiva. É o que as novas tecnologias e as ferramentas digitais possibilitam, ao facilitar o processo de aproximação entre famílias e escolas.
Outra vantagem resultante dessa inovação é a diminuição dos problemas disciplinares. Ao compartilhá-los com a família, estende aos lares a responsabilidade e a obrigação de atuar em conjunto com as instituições de ensino. É estabelecer limites adequados aos estudantes e, assim, resolver questões disciplinares com a comunicação e o diálogo adequados e eficazes.
A melhor agenda digital de comunicação escolar do Brasil, o Diário Escola, é um poderoso aliado para estabelecer a necessária e efetiva comunicação com as famílias.
Acessível, direta, segura e com serviços que facilitam e organizam a rotina nas instituições de ensino, o aplicativo de agenda escolar digital viabiliza a interação e a participação dos pais e responsáveis, condição fundamental para a melhor e mais proveitosa convivência entre pais, alunos e professores.