O retorno das aulas, em um novo ano letivo, é a oportunidade de crianças e adolescentes voltarem a manter uma saudável rotina de horários e estudos. Certamente, o retorno das aulas em 2021 não foi tão traumático como em 2020. Porém, isso não significa que em 2022 tenha sido menos desafiador. Aliás, uma situação decorrente da pandemia que deverá se estender por mais anos, ainda.
Só para lembrar, o ano mal começou em 2021 e as aulas no ambiente escolar, que estavam quase voltando ou até já haviam iniciado em boa parte do Brasil, sofreram um novo revés em função da pandemia.
Inegavelmente, um processo comum e prazeroso, o retorno das aulas após o período de férias, nesses dois últimos anos, transformou-se em uma tarefa complexa e, muitas vezes, inglória.
Provavelmente, a insegurança na área da saúde e a incerteza quanto à modalidade de ensino (remota, presencial ou híbrida) geram estresse e impõe estratégias inovadoras e efetivas de toda a comunidade escolar no sentido de readaptação ao ambiente escolar e ao convívio.
Responsabilidades compartilhadas no retorno das aulas
Nesse sentido, famílias e instituições de ensino têm responsabilidade compartilhada na educação e na escolarização, respectivamente, dos filhos e alunos. Decerto existem algumas divergências, discrepâncias e distorções sobre esse assunto, mas será assunto para um outro blog post.
Ademais, o que nos interessa, hoje, é o retorno das aulas e como as escolas, em especial os mestres, podem contribuir para uma melhor experiência para os estudantes.
Aos mestres, com carinho…
Em primeiro lugar, antes das dicas, sou obrigada a prestar minha homenagem e meu reconhecimento aos professores. Afinal, são eles a cara, a interface e o principal ponto de contato entre as instituições de ensino e as famílias.
Inquestionavelmente, a relação entre alunos e professores é o que pauta a relação entre as escolas e as famílias e os responsáveis. Se a primeira não for satisfatória, a segunda não dura, não se conserva…
Sobretudo, são os queridos professores e professoras que têm boa parte da tarefa de tornar mais proveitoso e menos estressante o retorno das aulas.
Cinco dicas para um bom retorno das aulas
Nesse sentido, a retomada das aulas pode ser mais tranquila e satisfatória se forem observadas algumas estratégias simples, mas totalmente eficazes.
Vamos lá, o retorno das aulas será melhor com estas cinco dicas.
1. Revise conteúdos no retorno das aulas
Decerto, revisar os conteúdos e diagnosticar o nível de aprendizagem é uma prática pedagógica altamente recomendável e necessária. Especialmente em decorrência da pandemia. Provavelmente, muitos jovens não se adaptaram ou conseguiram acompanhar adequadamente as aulas remotas em 2020, nem às híbridas e presenciais em 2021 e, ainda, em 2022. Então, estratégias de nivelamento e de reforço de conteúdos insuficientes são importantes nesse momento.
2. Presencial, remoto ou híbrido
Além de questões práticas, técnicas e de gestão, este assunto teve um outro importante viés nos dois últimos anos: a insegurança sanitária. Igualmente, a incerteza e o medo das famílias e jovens com relação ao novo coronavírus foi uma realidade que teve de ser levada em conta e respeitada. Assim, como tivemos estudantes e famílias ansiosos pelo retorno das aulas presenciais, outros decidiram apenas pelo ensino remoto.
Portanto, a dica é: não feche questão por um ou outro, pois são complementares e não excludentes. A pandemia demandou flexibilidade e capacidade das instituições de ensino em oferecer escolarização em qualquer modalidade de ensino. Inclusive, uma tendência que deve sobreviver à covid-19 e fazer parte da nova educação é o ensino híbrido (mescla entre o presencial e o remoto). Cabe à escola estar pronta para atender ambos públicos e demandas.
3. Devagar se vai ao longe…
Mesmo que essa frase denuncie minha idade, ela é bem atual e pertinente. A covid-19 veio e, de uma semana para outra, mudou tudo. Hábitos e costumes simples foram alterados ou até banidos. Há quanto tempo você não cumprimenta outra pessoa com um beijo, um abraço ou até um simples aperto de mão!? Você já incorporou ao seu cotidiano o essencial hábito de sempre usar máscara!?
Acima de tudo, o retorno das aulas ainda precisa ser seguro. As escolas precisam garantir a prevenção e a proteção contra a covid-19. O que somente será possível com total atenção e dedicação aos protocolos sanitários.
Além disso, temos questões psicopedagógicas e comportamentais que precisam ser observadas para que crianças e adolescentes retomem com segurança e alegria suas vidas, seus relacionamentos extrafamiliares e seus estudos. Professor, você é peça-chave nesse processo no ambiente escolar.
4. Suporte e acolhimento no retorno das aulas
Certamente, o retorno das aulas nunca é muito fácil. Simbólico, ele traz consigo muitas nuances e representa a retomada do convívio social. Por menor que ele seja, em função do modelo de ensino adotado, ainda assim, pode assustar.
O comprometimento das famílias, das instituições de ensino e dos mestres em acolher os educandos é fundamental e de grande valia para uma boa e necessária estrutura emocional. Principalmente, após dois anos em pandemia.
Afinal, a necessidade de atenção a protocolos, ao distanciamento social, ao uso de máscaras e o atraso do início da vacinação no Brasil, fragilizaram ainda mais toda a comunidade escolar.
5. Na volta à rotina, fuja dela…
Fora da curva e atípico, para dizer o mínimo, foram 2020 e 2021, os dois anos sob os mais severos efeitos da pandemia. Provavelmente, ainda teremos algumas surpresas. Contudo, tenho certeza, as experiências, as vivências e, principalmente, a vacinação contra a covid-19 tornarão mais fácil superar qualquer desafio.
O retorno das aulas demanda novos hábitos e rotinas. Professor, encare isso como uma oportunidade. Aproveite para planejar novas aulas, contextualizar a pandemia e o currículo, encontrar novos modos e meios para realizar o processo de ensino-aprendizagem. Inove e renove o repertório e a educação…
Enfim, pode demorar um pouquinho mais, um pouquinho menos, no entanto, a retomada das aulas é um fato e uma necessidade.
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Fale comigo, sou Raquel Tiburski, diretora do superApp Diário Escola.