
Seu filho está em casa, no quarto, com o tablet. Você acredita que ele está seguro. Mas e se o maior risco estiver do outro lado da tela? Como famílias e escolas podem proteger crianças e adolescentes no mundo digital? Sem dúvida, o primeiro passo é ensinar e garantir o uso seguro da internet.
Esta é a nova fronteira da proteção infantil: a digital. Ela exige mais do que antivírus. Exige presença, escuta e parceria entre escolas e famílias.
O uso seguro da internet é um desafio coletivo, cotidiano e urgente. O mundo digital, tão fascinante para crianças e adolescentes, também pode ser perigoso. A cada curtida ou mensagem trocada em um jogo on-line, há a possibilidade de exposição a conteúdos impróprios, manipulação emocional, aliciamento e, infelizmente, até abuso infantil on-line.
A boa notícia?
Há um caminho possível: informação, diálogo e orientação.
Por que o uso seguro da internet é tão importante?
A internet é um universo de oportunidades, mas também de riscos invisíveis. Crianças e adolescentes, ávidos por conexão e aceitação, tornam-se alvos fáceis para criminosos que se escondem em jogos, redes sociais e plataformas de mensagens, por exemplo.
Segundo a pesquisa TIC Kids On-line Brasil 2024, 29% dos jovens entre 9 e 17 anos relataram vivências negativas na internet, como aliciamento (grooming) e exposição a conteúdo sexual.
Além disso, a SaferNet Brasil recebeu mais de 52 mil denúncias de abuso sexual infantil on-line somente em 2024.
Esses dados refletem o cotidiano de nossas escolas. Estão nos grupos de WhatsApp, nas redes sociais abertas, nos jogos on-line e até nas tarefas escolares que envolvem pesquisa digital.

O papel da escola e da família no uso seguro da internet
Não basta proibir. É necessário ensinar, escutar, proteger e construir vínculos de confiança. A seguir, veja algumas ações práticas que famílias e escolas podem adotar para garantir uma navegação segura.
Para pais e responsáveis
Converse com seus filhos sobre o que veem e fazem on-line. Pergunte como foi o “dia digital” deles, assim como você pergunta sobre o recreio ou a aula de matemática.
Estabeleça combinados claros: o que pode, o que não pode, e o que fazer quando algo estranho acontecer.
Utilize ferramentas de controle parental, como, por exemplo, o Google Family Link ou o Apple Tempo de Uso. No entanto, lembre-se: nenhuma tecnologia substitui o diálogo.
Atenção aos sinais de alerta, como mudanças bruscas de comportamento, isolamento, ansiedade ou queda no rendimento escolar. Esses comportamentos podem indicar algo mais sério acontecendo on-line.
Para escolas e educadores
Trate o uso seguro da internet como conteúdo transversal, inserido nas aulas de forma contínua e adaptado a cada faixa etária.
Crie espaços de escuta ativa e acolhedora, sem julgamentos, para estimular a confiança dos estudantes.
Promova ações educativas com as famílias, como rodas de conversa, campanhas e materiais de apoio.
Capacite sua equipe pedagógica com formações gratuitas, como o curso gratuito Segurança e Cidadania Digital em Sala de Aula, disponível no Avamec (plataforma do MEC).
Proteção é parceria
Assim como acompanhamos os cadernos, precisamos acompanhar as telas. Da mesma forma que corrigimos a postura na sala de aula, precisamos orientar sobre o que pode ou não ser compartilhado no grupo do jogo on-line. Assim como nos preocupamos com o lanche saudável, também devemos cuidar dos conteúdos que alimentam o pensamento de crianças e adolescentes.
Portanto, o uso seguro da internet não é responsabilidade exclusiva da família ou da escola, mas de ambas, em parceria.

Educação digital é proteção
Educar para o digital é tão importante quanto educar para o mundo físico.
E o supersistema de gestão Diário Escola está ao lado de quem educa, cuida e aprende. Seja por meio da comunicação eficiente com as famílias, da integração de materiais pedagógicos ou da promoção de temas essenciais, como o uso seguro da internet. Nosso compromisso é apoiar você – escola, professor, estudante ou família – nessa missão.
Confiança, escuta e informação são os melhores firewalls. E, acima de tudo, o mais importante é acolher, manter a calma e mostrar que a criança ou adolescente nunca está sozinha.
QUER SE APROFUNDAR NO TEMA? A FTD Educação apresenta orientações valiosas sobre segurança on-line e combate ao abuso infantil digital. O material traz informações claras, dicas práticas e recursos educativos para proteger quem mais precisa: nossas crianças e adolescentes. Continue lendo!
Nesse sentido, o sistema de ensino FTD Educação deseja que você utilize as dicas e insights para o uso seguro da internet. A FTD Educação publicou originalmente este conteúdo no Portal Conteúdo Aberto.

Por FTD Educação
Uso seguro da internet: orientações para pais e professores no combate ao abuso infantil on-line
Entre jogos, vídeos e curtidas, há ameaças invisíveis. Promover o uso seguro da internet é o primeiro passo para proteger crianças e adolescentes. Nesse sentido, imagine que seu filho ou aluno está sentado com o tablet, jogando ou assistindo a vídeos, aparentemente seguro dentro de casa ou da escola. Mas do outro lado da tela, alguém com más intenções pode estar observando cada movimento, esperando o momento certo para agir.
Essa é uma realidade silenciosa, mas cada vez mais comum. Sem dúvida, o ambiente digital oferece oportunidades incríveis de aprendizado e conexão, mas também expõe crianças e adolescentes a riscos graves, como, por exemplo, o assédio infantil nas redes sociais e a exploração sexual infantil na internet.
Portanto, garantir o uso seguro da internet é um desafio que exige a participação ativa de toda a comunidade educativa – família e escola. Por isso, reunimos aqui orientações para pais e professores sobre segurança digital, para que possamos construir juntos um ambiente on-line mais seguro para nossas crianças e adolescentes.
O que é abuso sexual infantil on-line?
Para começar, é importante deixar claro que o abuso sexual infantil na internet ocorre de maneira sutil e pode ser cometido por adultos ou até mesmo outro menor. Veja o que isso inclui.
Aliciamento (grooming): quando o abusador ganha a confiança da criança, geralmente, criando “amizade” e até oferecendo presentes para, posteriormente, explorar sexualmente.
Troca de imagens íntimas: muitas vezes por meio de chantagem ou manipulação emocional.
Live streaming de abuso: em que os agressores pagam para ver crianças sendo abusadas em tempo real.
Compartilhamento de imagens de abuso e exploração infantil: aqui com agravante de vazamento até mesmo em grupos escolares, causando outros problemas sérios, por exemplo, o bullying.
A maioria dos casos começa com interações aparentemente inofensivas, como curtidas em fotos, mensagens privadas e convites para jogar on-line, por exemplo. Por isso, a criança, muitas vezes, não percebe que está sendo manipulada até já estar envolvida emocionalmente.
Vulnerabilidade ligada à curiosidade natural da idade
Essa vulnerabilidade está diretamente ligada à curiosidade natural da idade, à busca por aceitação social e ao desejo de fazer parte de grupos. Além disso, muitos pais e professores ainda não dominam o universo digital com a mesma fluência que os estudantes, o que cria uma brecha perigosa na vigilância e compreensão.
Segundo Bianco Orrico, responsável pelos atendimentos do Canal de Ajuda da SaferNet, o Helpline, “algumas das principais ameaças e riscos que as crianças e adolescentes podem enfrentar na internet incluem acesso e exposição a conteúdos inapropriados, violentos ou extremistas, compartilhamento não autorizado de dados pessoais sensíveis para fins de consumo, cyberbullying, assédio, aliciamento e ameaça e divulgação de imagens íntimas”.
Além disso, alertou para a pesquisa mais recente da TIC Kids On-line 2024, que produz anualmente indicadores sobre oportunidades e riscos relacionados ao uso da internet por crianças e adolescentes, em que 29% dos participantes com idade entre 9 e 17 anos reportaram ter acontecido alguma coisa na internet que não gostaram, os ofenderam ou chatearam.
Ambientes digitais que exigem atenção redobrada
Plataformas de bate-papo e jogos on-line, como Roblox, Discord e Omegle, são ambientes onde esses criminosos se infiltram, fingindo ser crianças ou adolescentes.
Redes sociais populares como TikTok, Instagram e até mesmo o YouTube também apresentam riscos, especialmente quando as contas são públicas. Nesses casos, crianças podem ser alvos de aliciadores que utilizam curtidas, comentários e mensagens privadas para estabelecer contato. O uso de vídeos e fotos, principalmente seguindo as chamadas “trends”, podem ser explorados por adultos mal-intencionados para obter mais conteúdo ou informações pessoais.
Além disso, existem sites menos conhecidos, fóruns e plataformas de compartilhamento de arquivos que funcionam à margem da internet comum, muitas vezes hospedando material ilegal ou servindo como ponto de encontro para criminosos.
Pais e professores precisam ter uma atuação ativa na orientação do uso da internet: explicar os riscos, acompanhar os conteúdos acessados e incentivar o diálogo constante sobre o que é visto e compartilhado no mundo digital.
Dados alarmantes sobre abuso infantil on-line no Brasil
Em 2024, a SaferNet Brasil, organização especializada em segurança digital, registrou 52.999 novas denúncias de imagens de abuso e exploração sexual infantil on-line. Esse número representa a 4ª maior marca desde que a central de atendimento da ONG iniciou o acompanhamento, em 2006.
A pior delas foi em 2023, quando as novas denúncias deste mesmo tipo de crime foram contabilizadas em 71.867.
Apesar da redução recente, não há motivos para celebração, os números refletem a crescente exposição de crianças e adolescentes a riscos no ambiente digital, destacando a necessidade urgente de medidas de proteção mais eficazes para o uso seguro da internet.

Como família e escola podem garantir o uso seguro da internet
Bianca Orrico também compartilhou dicas de como pais, responsáveis e professores podem contribuir para o uso seguro da internet por crianças e adolescentes. Para ela é fundamental que a conversa sobre segurança na internet seja recorrente, sem precisar necessariamente que algo preocupante ocorra para iniciar esse diálogo.
“Os mesmos cuidados que os pais e professores têm com o que acontece fora da internet, devem ter com o que acontece nesses ambientes. É importante primeiro dar espaço e escutar o que as crianças falam. Às vezes os adultos querem logo dizer o que é certo ou não, ou emitem juízo de valores antes de ouvir o que crianças e adolescentes pensam, e isso pode prejudicar abertura para o diálogo. É importante que nessas conversas eles percebam que não precisam ter medo de contar o que estão vivenciando ou se algo der errado”.
Orientações para pais e responsáveis
Educação desde cedo
A idade, sozinha, não determina se uma criança pode usar a internet, por isso é preciso avaliar sua maturidade e habilidades digitais e evoluir a conversa conforme forem crescendo.
Presença digital ativa
Os pais não precisam ser experts em tecnologia, o importante é que promovam esse espaço para o diálogo e conheçam as ferramentas de controle parental, orientando sempre para o que fazer em situações de contato com desconhecidos, o que é inadequado para idade da criança e como reportar esses conteúdos ou outros conflitos que podem acontecer nestes ambientes.
Ferramentas e aplicações de segurança
Falando em controle parental, essas aplicações podem ajudar na presença ativa dos pais: Google Family Link, Apple Tempo de Uso e Qustodio oferecem relatório de uso, localizador de dispositivo, histórico de acessos, filtro de conteúdo e muito mais.
Estabelecer limites e combinados
Desde cedo, é importante estabelecer regras claras, como: não compartilhar informações pessoais, pedir permissão antes de usar novos aplicativos ou clicar em links, e avisar sempre que algo estranho aparecer na tela. Mas lembre-se de que um combinado é feito por duas partes, ou seja, construa-os com seus filhos. Quando há diálogo, escuta e exemplo, a tecnologia deixa de ser um conflito e passa a ser uma oportunidade de conexão e confiança.
Para educadores e gestores escolares
Inclua temas como cidadania digital e privacidade nas aulas, adaptando a linguagem à faixa etária.
Incentive os alunos a refletirem sobre o que compartilham e com quem.
Fique atento a mudanças comportamentais que possam indicar exposição a conteúdos impróprios.
Trabalhe em parceria com as famílias e compartilhe informações sobre o uso seguro da internet.

Se acontecer, o que fazer?
É fundamental saber identificar e agir diante de sinais de exploração sexual infantil na internet.
Sinais de perigo
Alguns sinais que podem ser identificados são, além da mudança de comportamentos, o isolamento social, silêncio predominante, desconexão repentina com outras atividades, queda no desempenho escolar e mudança nos hábitos de alimentação ou sono, além de sintomas de ansiedade ou angústia, que podem ser externalizados de diferentes formas.
Aconteceu! E agora?
Se você descobrir que seu filho ou aluno enviou uma foto íntima ou foi vítima de abuso on-line, o mais importante é manter a calma e garantir que ele se sinta seguro para conversar com você.
Evite julgamentos ou broncas, a culpa nunca é da criança ou do adolescente. Escute com acolhimento e reforce que ele não está sozinho. Depois disso: interrompa o contato imediatamente, bloqueie e denuncie a plataforma e se possível o perfil do abusador. E como medida essencial, procure apoio psicológico para a vítima.
Como denunciar um abusador para além das redes?
Você pode fazer denúncias anônimas e seguras através de canais como:
SaferNet Brasil: https://new.safernet.org.br/
Delegacia da Polícia Civil (especializada em crimes cibernéticos)
Disque 100 (Direitos Humanos)
Conte com o apoio de campanhas educativas
Além da atuação direta, é fundamental utilizar recursos de qualidade para apoiar o diálogo. A FTD Educação oferece campanhas como o “Defenda-se” e o “Monstros em Rede”, que trazem materiais educativos, vídeos e cartilhas voltadas à prevenção de abuso infantil on-line e à proteção infantil na internet.
Para escolas, educadores e equipes pedagógicas há também o curso gratuito “Segurança Cidadania Digital em Sala de Aula” que está disponível no Avamec (plataforma do Ministério da Educação) e ajudará na aplicação dos conteúdos, recebendo um certificado ao concluir esta formação.
Esses materiais são excelentes ferramentas tanto para uso em sala de aula quanto em casa, fortalecendo a parceria entre família e escola na construção de um ambiente digital mais seguro.
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