Até quando a educação utilizará provas e testes como critérios para avaliar memorização (a famosa decoreba), abordagens superficiais e exercícios mecânicos, possíveis de serem feitos sem a necessidade de pensar? Indiscutivelmente, novos modelos de educação estão surgindo, ganhando espaço e alterando o atual paradigma educacional. O superApp Diário Escola apresenta alguns modelos de educação que merecem atenção.
O modelo tradicional de ensino e aprendizagem (desde os critérios de avaliação até a forma de organização da sala de aula), aos poucos, perde espaço. As escolas brasileiras já começam a importar novas formas de educar e de organizar os espaços onde ocorrem os processos de ensino-aprendizagem.
Modelos de educação e o protagonismo dos educandos
Via de regra, os novos modelos de ensino que se apresentam têm uma tônica: o protagonismo dos educandos, por meio de muita autonomia, senso crítico e pensamento reflexivo.
No entanto, talvez, o termo “modelo de ensino” não seja o mais correto a se utilizar. Haja vista a alteração do paradigma educacional: de processos de “ensino-aprendizagem” para processos de “aprendizagem”. Possivelmente, muito em breve, o termo correto será apenas “modelo de aprendizagem”.
Essas novas visões sobre educação nem de longe descartam a figura do professor. Todavia, mudam o seu eixo de atuação. Em vez de dono do conhecimento, reprodutor e apresentador de ideias preconcebidas, o professor passa a ser mediador ou curador de conhecimento, como preferem alguns. Sua função primordial passa a ser, menos ensinar e, mais, auxiliar.
Assim, passam a atuar os educadores: como facilitadores e orientadores na jornada dos estudantes em busca dos conhecimentos que mais lhes interessam.
Vamos a alguns exemplos de novas metodologias e formas de organizar o espaço de aprendizagem e ensino/mediação/orientação/facilitação/curadoria…
modelos de educação
SALA DE AULA INVERTIDA
Como o próprio nome indica, há uma inversão na ordem e na forma como o conhecimento é disseminado. Ao invés da posição de autoridade no modelo tradicional, onde o professor (dono do conhecimento) o compartilha com os discípulos; os docentes assumem o papel de orientadores. Dessa quebra hierárquica, deverá surgir a possibilidade de maior profundidade e atenção dedicada a cada aluno. O que deverá potencializar os processos de aprendizagem.
Na sala de aula invertida, primeiro, os alunos têm contato prévio com os conteúdos a serem estudados. Em primeiro lugar, os mestres preparam e disponibilizam previamente os materiais e conteúdos. Depois, em sala de aula, os professores tiram as dúvidas e realizam exercícios e atividades.
Com essa simples inversão, o propósito desse método é incentivar uma postura ativa dos educandos com relação à própria educação. O que, de fato, permite individualidade, ritmo e escolher caminhos próprios na construção da autonomia intelectual.
modelos de educação
ESCOLA NA NUVEM (SCHOOL IN THE CLOUD)
Originário da Índia, esse modelo decorre de uma experiência de Sugata Mitra, pesquisador e professor de tecnologia educacional na Escola de Educação, Comunicação e Ciências da Linguagem da Universidade de Newcastle, Inglaterra. O experimento consistiu em instalar computadores em comunidades pobres e liberar o acesso aos jovens, sem orientação alguma.
Os resultados surpreenderam o mundo: as crianças aprenderam sozinhas, de forma colaborativa e intuitiva. Tanto a lidar com as máquinas quanto a assimilar os conteúdos escolares previamente instalados.
Testes avaliaram o nível de aprendizagem desses jovens. Nova surpresa: além de terem aprendido grande parte do conteúdo disponibilizado, ainda adquiriram novas habilidades linguísticas. Mesmo não sendo a língua materna de muitos, o idioma inglês era o único acessível nos computadores.
A evolução dessa experiência é o modelo educacional School in the cloud, também conhecido como SITC. Nele, o professor apenas orienta os grupos e fomenta a discussão e o interesse, por meio de perguntas gatilho (“disparadoras”). As respostas e conclusões são apresentados e discutidos ao final, por todos e com o mestre no papel de mediador.
Primordialmente, o SITC incentiva a autonomia e a independência como fatores impulsionadores da aprendizagem. Ao incentivar o trabalho em grupos, os responsabiliza pelo desenvolvimento intelectual dos indivíduos. Pois, de forma colaborativa, quem sabe mais ensina aos que ainda não compreenderam bem os conteúdos.
modelos de educação
STEAM
Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics): essas disciplinas formam a sigla e modelo educacional STEAM. A inspiração deste modelo de educação, sobretudo, vem da iniciação e produção científicas existentes em grandes universidades.
Projetos interdisciplinares complexos são a base desse modelo. Assim, os educandos devem formar grupos para realizar as pesquisas e atividades necessárias ao desenvolvimento dos projetos. Enquanto isso, os docentes orientam e indicam diretrizes que auxiliam na conclusão das atividades.
As práticas, a dedicação e os esforços dos grupos os levam a adquirir novos conhecimentos. Assim, a autonomia que deriva desse método e processo de aprendizagem privilegiam o aprender fazendo (Learn by doing). Como resultado, são esperadas: maior fixação dos conteúdos e aprendizados, além da produção de conhecimento com base no método científico, por meio da capacidade reflexiva e da habilidade crítica.
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EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA
Protagonismo total dos estudantes. Assim, o poder de decisão sobre “a trilha de aprendizado” e a própria atuação da escola é o que caracterizam o modelo educacional. Todos têm o direito e o dever de participar nas decisões sobre as instituições de ensino, bem como sobre os colaboradores. A responsabilização ultrapassa o individual. Compartilham, responsável e solidariamente, os destinos e futuros dos estabelecimentos de ensino, dos seus pares e dos profissionais que nelas atuam.
O método educacional ganha destaque nacional e mundial. Talvez, porque desenvolva, grandemente, os sensos crítico e de responsabilidade. Que são acompanhados de satisfação e motivação para os estudos.
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CURRÍCULO FLEXÍVEL
O respeito às diferenças e aos interesses individuais são a potência desse modelo de educação. Por conseguinte, a possibilidade de escolher e decidir o currículo a seguir durante a formação sugere um melhor processo de aprendizagem.
A Reforma do Ensino Médio brasileiro é um exemplo desse método. Dentre as disciplinas disponíveis, os estudantes podem escolher cursar as que mais lhes interessam. Não apenas as disciplinas obrigatórias existem, como são comuns a todos. Entretanto, boa parte das disciplinas é eletiva. Assim, se estabelece a autonomia e o respeito às individualidades.
Aos alunos, sobra a liberdade para escolher e montar a própria grade curricular. Inclusive, podendo levar em conta o tempo e o nível de desenvolvimento individuais. Ou seja, cada educando pode optar por disciplinas mais ou menos avançadas, de acordo com seus conhecimentos e potenciais. De fato, o que deve significar maior satisfação e melhor aprendizagem com novos modelos de educação.
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