Negociar faz parte do dia a dia das instituições de ensino. Tanto no cotidiano da gestão escolar quanto na rotina de mestres e estudantes. De fato, a escola é lugar de negociação, sim! Afinal de contas, a negociação na escola pode fazer parte, inclusive, dos processos de ensino e de aprendizagem.
E, quem negocia, sabe: a melhor negociação é a ganha-ganha. Quando os dois lados de uma negociação garantem vantagens e benefícios. Isto é, um negócio só é bom quando é bom para todos…
A negociação na escola, uma necessidade de gestão
Sem dúvida, a negociação na escola é uma prática e um processo necessários. Especialmente para a área administrativa e a gestão escolar.
Infelizmente, nesse período de pandemia, a capacidade de negociação das escolas foi posta à prova. Por mais que se tenha flexibilizado a questão da mensalidade escolar nesse período, a inadimplência escolar é uma realidade.
As dificuldades financeiras e econômicas atingiram boa parte das famílias brasileiras. Muitas, sequer tiveram a condição ou a possibilidade de alguma negociação na escola.
Como consequência, tiveram de migrar seus filhos da rede privada para a rede pública de ensino.
A negociação na escola, em alto nível, sempre!
Negociar na escola ou em qualquer lugar, com certeza, nada tem a ver com discutir. Muito menos, brigar. Essa é uma primeira lição que precisa ser compreendida por todos.
Por certo, outra lição importante e pedagógica é que a negociação na escola é uma boa forma para atingir objetivos, chegar a melhores resultados e, até, resolver conflitos.
Seja como for, o importante é que o processo de negociação na escola contemple e promova o desenvolvimento, a autonomia intelectual, o respeito e a proximidade entre os envolvidos.
Além disso, sempre que possível, que atenda ao interesse de ambas as partes. Porque, afinal de contas, negociar na escola tem, sim, muito a ver com questões relacionais e interpessoais.
A negociação é uma habilidade e uma capacidade que pode e deve ser aprendida e exercitada.
Nesse sentido, o dia a dia da comunidade escolar é fértil em situações nas quais negociar pode ter um caráter pedagógico.
Por isso é que a negociação na escola deve ser em alto nível, sempre! Por menor que seja o motivo para negociar, ela deve ser encarada com cuidado e respeito pelos negociadores.
Dessa forma, ficam garantidos bons resultados e o exemplo que educa.
A negociação na escola, um processo de comunicação
Antes de mais nada, negociar é um processo de comunicação. É por meio da habilidade e da capacidade de se comunicar que se estabelece a interação entre os negociadores.
Em princípio, esse aspecto é o que importa para a promoção e o incentivo da negociação na escola. Ou seja, sob o aspecto lúdico e educativo, a busca por um acordo que atenda os interesses dos negociadores é mais importante que o acordo, em si.
Em outras palavras, pouco importa se a negociação na escola se dá em função da obtenção de uma vantagem ou da resolução de um conflito. Sem dúvida, são objetivos e resultados significativos. Contudo, o real valor da negociação na escola está na prática e no exercício em si.
Sobretudo, porque o processo de comunicação de uma negociação na escola é, comprovadamente, relevante e eficiente para os processos de ensino-aprendizagem.
A negociação na escola, aprender a resolver conflitos
Por mais que negociações conflituosas possam tirar o foco do objetivo final, gerar ressentimento, levar à insatisfação e a outros problemas, elas também têm papel relevante como prática de ensino.
De forma controlada, a negociação na escola deve procurar incentivar a escolha temas e questões que, ao mesmo tempo, possam gerar posturas e posições conflitantes, mas que sejam do interesse dos estudantes.
Enfim, uma boa negociação, sempre, deve focar em soluções que beneficiem a todos os envolvidos. No entanto, quando essa situação se mostrar inviável, a negociação na escola deve, pelo menos, gerar o maior número de beneficiados possível.
Só para ilustrar, esse tipo de negociação, por meio da qual os negociadores chegam a um acordo que contempla os interesses de ambas as partes, é conhecida como “ganha-ganha”.
Assim, além de gerar satisfação, uma bem sucedida negociação ajuda a reduzir as chances de problemas relacionados ao assunto negociado futuramente. E, também, a chance de indisposição pessoal entre os negociadores.
Por fim, a negociação na escola pode promover aprendizagens e habilidades que servirão para além da vida acadêmica de crianças e adolescentes. De fato, para a vida toda.