O papel da escola no desenvolvimento das competências socioemocionais é partilhado e em corresponsabilidade com as famílias: potencializar a capacidade de aprendizado dos estudantes.
Especialmente no cenário e contexto de pandemia, nos quais aprender a lidar com os desafios cotidianos de forma emocionalmente equilibrada ganha maior relevância.
Ainda que existam incertezas sobre a modalidade de ensino possível (presencial, remota ou híbrida), de uma forma ou outra, o processo de ensino-aprendizagem precisa ser retomado.
A multiplicidade de valores pedagógicos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes precisa ser preservada e defendida. Os seres humanos são o que são devido à inúmeras características coletivas e individuais, aos contextos nos quais estão inseridos e nos quais vivem e convivem. Também, à forma como “transitam” por um mundo que, hoje, se encontra afetado pela pandemia da covid-19.
Atenção ao desenvolvimento das competências socioemocionais
Sendo assim, a instituição de ensino que desejar oferecer formação integral, independentemente da linha pedagógica, deve prezar pelo equilíbrio.
Ou seja, tão importante quanto os conteúdos e as práticas educativas é a atenção ao desenvolvimento das competências socioemocionais.
De acordo com a diretora Pedagógica do Centro Educacional da Fundação Salvador Arena (CEFSA), de São Bernardo do Campo (SP), Cristina Favaron Tugas, as habilidades socioemocionais pertencem a um conjunto de competências que o indivíduo tem para lidar com as próprias emoções.
“Essas competências são utilizadas cotidianamente nas diversas situações da vida e integram o processo de cada um para aprender a conhecer, conviver, trabalhar e ser. Ou seja, são parte da formação integral e do desenvolvimento do ser humano. São habilidades que você pode aprender, praticar e ensinar.”
Importância das habilidades para o desenvolvimento das competências socioemocionais
Sem dúvida, é a prática de melhores atitudes e de habilidades o principal objetivo do desenvolvimento das competências socioemocionais.
Assim, crianças e adultos conseguem gerenciar emoções, focar em objetivos, demonstrar empatia, estabelecer e manter positivas relações sociais e tomar decisões de maneira responsável, por exemplo.
A diretora Cristina Favaron Tugas ressalta que as habilidades socioemocionais são importantes para a vida como um todo.
“Elas podem ser benéficas não só para a vida acadêmica, mas para o sucesso pessoal e profissional.”
Como a escola pode colaborar no desenvolvimento das competências socioemocionais
De fato, as habilidades socioemocionais precisam ser trabalhadas. Assim como acontece com os conteúdos curriculares e as noções de comportamento. Sem dúvida, essa responsabilidade passa pelas famílias, mas é também uma responsabilidade compartilhada com as escolas.
“A escola colabora no desenvolvimento das competências possibilitando o trabalho com as emoções e os sentimentos de forma geral.”
Segundo Cristina Favaron Tugas, na escola é onde encontramos o momento e o espaço adequados para práticas de atividades importantes para o desenvolvimento das competências socioemocionais, tais como:
- Promover aulas e oficinas, análise do conhecimento de si e do outro, rodas de conversas sobre felicidade, amor, empatia, perdas e sentimentos.
- Espaço para desenhos e autorretrato.
- Contação de histórias.
- Analisar e refletir criticamente sobre fragmentos de filmes.
- Compartilhar talentos.
- Criar uma “régua ou painel de emoções”.
- Incentivar e oportunizar ações sociais, solidárias e voluntárias.
- Fomentar pesquisas de práticas socioemocionais e mensurar os resultados.
“Isso tudo é possível a partir de um projeto com aulas, salas multimídias, troca de experiências entre os profissionais, apoio dos pais e muita criatividade dos professores.”
Conheça as principais habilidades necessárias para o desenvolvimento das competências socioemocionais
Segundo a diretora Cristina, são dez: empatia, felicidade, autoestima, ética, paciência, autoconhecimento, confiança, responsabilidade, autonomia e criatividade.
Empatia
Tentar compreender sentimentos e emoções. Em decorrência, procurar experienciar objetiva e racionalmente o que sente o outro indivíduo.
Felicidade
Ser feliz é estar pleno no aqui e no agora. Acima de tudo, felicidade é estar bem consigo mesmo, com sua mente e com o seu corpo. De fato, é encontrar sintonia e o equilíbrio entre seus valores, suas decisões e suas atitudes. Enfim, estar satisfeito com o que você pensa, fala e faz.
Autoestima
A capacidade de gostar de si. É o julgamento, a apreciação que cada um faz de si mesmo. Importante para o desenvolvimento das competências socioemocionais.
Ética
A habilidade de avaliar condutas e práticas (próprias ou de outras pessoas) com base nos valores de uma sociedade. Em síntese, graças à ética conseguimos diferenciar entre o que é bom e o que não é. Desse modo, reconhecer se alguém é respeitável ou corrupto, leal ou indigno etc.
Paciência
Certamente, é uma virtude baseada no autocontrole emocional para lidar e suportar situações desagradáveis e incômodas sem perder a calma e ou a concentração.
Autoconhecimento
Conhecer a própria essência e ter pleno domínio de si mesmo, em pensamentos, desejos, esperanças, frustrações e crenças. Inegavelmente, uma das habilidades fundamentais para o desenvolvimento das competências socioemocionais. Portanto, permite melhor interpretar quem somos, onde estamos e, especialmente, aonde queremos chegar.
Responsabilidade
Cumprir com o dever de assumir as consequências provenientes de nossos atos. Portanto, é uma competência que abrange uma amplitude de conceitos éticos, morais e práticos de forma consciente e intencionada.
Autonomia
Conseguir tomar decisões por si, sem ajuda do outro. Sobretudo, é estar empoderado da capacidade de decidir de forma livre, consciente e espontânea.
Criatividade
Capacidade de usar habilidades para criar ferramentas e adaptar-se ao meio. Isto é, encontrar respostas ou descobrir maneiras de inventar algo novo para melhorar a vida cotidiana e o desenvolvimento das competências socioemocionais.
Confiança
Estabilidade e firmeza emocional para acreditar em si e no próximo. Ou seja, significa ter a segurança e a crença de que certos resultados ou consequências são alcançados ou decorrentes de suas ações e práticas.
O papel da escola no desenvolvimento das competências socioemocionais
Certamente, a volta às aulas em 2020, 2021, 2022 e por mais anos, ainda, carrega e carregará todos impactos e prejuízos da pandemia para a educação.
Então, compreender e contextualizar o papel da escola no desenvolvimento das competências socioemocionais.
Acima de tudo, a atenção à fragilização socioemocional presente em maior ou menor grau e dispersa por toda a comunidade escolar é fundamental.
Acolhimento é a palavra da vez. Não só para o início dos anos letivos, mas também para a retomada da escolarização e a recomposição da educação.
Por isso as instituições de ensino precisam questionar e considerar como retornam os estudantes? Saber o que cada aluno aprendeu e como aprendeu durante a pandemia.
A escuta ativa é um caminho e uma prática necessária para compreender e atender as demandas dos processos de ensino-aprendizagem coletivos e individuais.
Nesse sentido, penso que estabelecer o diálogo e a conversa nas escolas é, sempre, fundamental.
Conhecer quem são, entender como estão e qual o contexto social e familiar de seus alunos nunca foi tão necessário.
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