Como a escola pode ajudar a formar adultos mais conscientes e preparados financeiramente? Por meio da educação financeira na infância!

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado uma crescente crise de endividamento pessoal. Hoje, são 77 milhões de brasileiros negativados, segundo dados recentes da Serasa. Um número impressionante, que revela não só a extensão do problema, mas também suas causas profundas: falta de planejamento, ausência de educação financeira e dificuldades socioeconômicas agravadas por desemprego, emergências médicas e oscilações de renda.

A resposta do sistema financeiro veio em forma de socorro: um mutirão nacional de negociação de dívidas, organizado pela Serasa em parceria com mais de 40 instituições bancárias. Nesse sentido, a iniciativa oferece condições especiais para quitação de débitos, com parcelamentos facilitados e descontos que podem chegar a 97%.

Apesar de positivo, esse tipo de campanha é uma medida corretiva. A pergunta que fica é: o que podemos fazer para que novas gerações não repitam esse padrão?

Os números preocupam

De acordo com o levantamento da Serasa, 35 milhões de brasileiros têm dívidas com bancos, sendo que 11 milhões possuem pendências exclusivamente com instituições financeiras. Ou seja, no total, são mais de 65 milhões de dívidas bancárias registradas.

O mapa da inadimplência mostra que o segmento de bancos e cartões de crédito é responsável por 27,8% do total de dívidas que resultam em negativação. Em seguida, aparecem as contas básicas de luz, água e gás (20,3%) e as financeiras (19,3%).

Uma pesquisa com 921 consumidores inadimplentes aponta que o principal fator de endividamento é o cartão de crédito (69%), seguido de empréstimos pessoais (56%) e o uso do cheque especial (31%). Além disso, as principais causas listadas para o não pagamento das dívidas são a perda de renda, desemprego, gastos emergenciais com saúde e, principalmente, a falta de organização financeira, por exemplo.

O problema começa antes do banco

Grande parte dos adultos que hoje se encontram endividados nunca recebeu orientação financeira básica na infância ou adolescência. Crescer sem entender conceitos como juros, planejamento, consumo consciente e poupança, por exemplo, é como entrar em um jogo sem conhecer as regras. E as consequências aparecem justamente nos momentos de crise: quando falta renda, sobra desespero – e muitas vezes, dívidas.

Educação financeira na infância:  a escola como aliada na mudança

É justamente nesse cenário que a educação financeira na infância se torna fundamental. Desde cedo, as crianças podem – e devem – ser incentivadas a pensar sobre dinheiro, escolhas e consequências, sobretudo. E não estamos falando apenas de Matemática, mas de valores, hábitos e autonomia, especialmente.

Na FORME, acreditamos que a educação financeira transforma vidas. Trabalhamos lado a lado com escolas de todo o Brasil para inserir, de forma estruturada e lúdica, o tema nas salas de aula da Educação Infantil ao Ensino Fundamental. Nossa abordagem é prática e envolvente, com atividades adaptadas à faixa etária dos alunos, como histórias, jogos, desafios e simulações.

Além disso, incentivamos a participação das famílias, porque sabemos que o ambiente doméstico também é um espaço de aprendizagem. Com materiais de apoio e sugestões de práticas simples no dia a dia, ajudamos pais e responsáveis a se tornarem parceiros da escola na formação de filhos mais conscientes financeiramente.