Renata Condi
Os tempos em que vivemos levam a uma necessidade de conexões globais, inclusive no âmbito da educação. Se faz imperativo compreendermos e discutirmos a internacionalização como um processo, e não como invasão que invalida a nossa cultura local. Ao encararmos esse processo como uma vantagem, nos alinharemos com mais facilidade à realidade global.
Cinco processos que podemos viver como gestores, professores e estudantes para ter a internacionalização mais presente:
1. Experiência de mobilidade internacional
Realizar intercâmbio ou trabalhar em outro país por um período são exemplos dessa mobilidade. Implica que a qualificação adquirida no nosso país será válida em outro local e vice e versa.
2. Parcerias internacionais de ensino
Acontece quando escolas fazem parcerias para realizar projetos e trocar informações, compartilhando aprendizados.
3. Parcerias internacionais de pesquisa
Quando universidades estabelecem parcerias com escolas para determinada pesquisa. Nesses casos, as escolas são utilizadas como espaços “cedidos” para que experimentos possam ser colocados em prática, para que dados sejam coletados e, posteriormente, analisados.
4. Internacionalização do currículo
Processo em que houve mais aprendizado nos últimos anos por conta do crescente número de ofertas de educação bilíngue. O interesse em fazer intercâmbios de longa duração, estudar, trabalhar e aprender em outros países e em outros idiomas impulsionou este mercado.
Currículos internacionalizados encorajam uma espécie de consciência internacional, em que as escolas – por meio de ações, projetos, escolha de materiais e atividades diversas – incentivam a formação de estudantes pensantes.
5. Preparação dos educadores e líderes (gestores) para escolas e sistemas educacionais
Há uma série de cursos à disposição de gestores e professores para que haja preparação para o processo de internacionalização. Por mais demandas que tenham esses profissionais, é imprescindível que se dediquem ao aprendizado do idioma que sua escola se dispôs a ensinar.
Impactos nos processos escolares
É preciso considerar todos os custos, assim como os prós e os contras, antes de dar início a um processo de internacionalização escolar.
Uma escola que se dispõe a ter um currículo internacionalizado precisará de professores capacitados, um grupo de tutores para orientar projetos, equipamentos adequados, comunicação interna e externa efetiva e que crie engajamento, entre muitos outros itens, de acordo com os objetivos traçados.
Qual é o processo de internacionalização que está sendo buscado? Quais desafios poderemos encontrar no meio do caminho? Como lidar com esses desafios? Questionamentos como esses precisam ser feitos antes do início do processo, para permitir que a implementação da ideia funcione da melhor maneira possível.
Internacionalização e o projeto de vida
Como os cinco itens citados acima podem impactar a vida dos estudantes? Abaixo está uma relação entre propostas de internacionalização e possíveis Projetos de Vida.
Construção de um portfólio internacionalizado em fase escolar já com foco no Projeto de Vida de cada um.
Desenvolvimento de competências em mais de uma língua.
Experiências internacionais ou internacionalizadas, como o Changemaker.
Desenvolvimento de empatia, colaboração, pensamento crítico, cultura digital, argumentação, entre outros.
Ação local visando o impacto global. Envolver a comunidade na resolução de problemas locais. Promover uma campanha do agasalho em seu ambiente escolar, por exemplo, pode reverberar de inúmeras maneiras positivas. Os ODS estão muito conectados com este item.
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