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Storytelling na prática: uma poderosa ferramenta de ensino

Storytelling na prática

Storytelling na prática

Contar histórias é uma prática pedagógica altamente eficaz que torna mais relevantes os resultados da técnica de storytelling na educaçãoNesse post, vamos falar de storytelling na prática. Inegavelmente, um grande diferencial para a aprendizagem e uma poderosa ferramenta de ensino.

A contação de histórias é uma estratégia eficiente para a transmissão de conteúdo e como alternativa às aulas expositivas. Por meio dessa metodologia, os professores também podem estabelecer dinâmicas interativas e estimular os alunos a encenações teatrais.

Por exemplo, outra maneira de fixar o conteúdo é solicitar aos estudantes a criação de pequenas histórias (storytelling na prática) com base nos ensinamentos aprendidos. Uma boa forma de avaliar a compreensão e a capacidade de contextualização dos conhecimentos adquiridos.


Storytelling e interdisciplinaridade

Sem dúvida, a interdisciplinaridade é uma estratégia importante para tornar mais relevantes os resultados da técnica de storytelling na educação. Na prática, o storytelling deve estabelecer relações entre duas ou mais disciplinas. Com toda a certeza, um desafio para o qual as instituições de ensino e os professores precisam estar preparados. Visto que é uma aposta que vale a pena, pois maximiza resultados.


Storytelling na prática

O termo storytelling significa o conjunto de técnicas desenvolvidas para a criação de narrativas. Em síntese, é um somatório de boas práticas que potencializam a transmissão de conhecimento e facilita a fixação e assimilação dos conteúdos.

Para que uma história fique realmente boa, muitas vezes, será preciso alterar e reescrever algumas partes. Por isso, sempre é bom testar e pedir opiniões e sugestões. Storytelling na prática é técnica e exercício, passos que habilitam qualquer professor a construir um bom roteiro e uma boa história.

Storytelling na prática

Princípios e modelos de storytelling na prática

As grandes histórias têm muito em comum. São elementos e padrões que, mesmo não sendo obrigatórios, compõem e ajudam a estruturar uma boa narrativa.

Como resultado, os modelos de storytelling (na prática) são muitos e facilmente encontrados na internet. Um dos mais utilizados, que remonta a mitologia e a tragédia grega, é a do monomito, ou jornada do herói.

No livro O herói de mil faces, o antropólogo Joseph Campbell afirma que toda história tem um herói como protagonista e que é ele quem guiará o espectador (aluno) durante toda a narrativa. Efetivamente, a mensagem e a relevância da técnica de storytelling na educação são revelados por meio dos desafios, conquistas e descobertas desse herói.

Acima de tudo, esse modelo, consagrado pelo Cinema e pela Literatura, se apoia em algumas premissas. A jornada do herói pode ser simplificada ao ser dividida em apenas 7 etapas, frente às doze da trajetória clássica.
 

1. Introdução

Começar bem faz toda a diferença. Primeiramente, na introdução, o herói é apresentado. Sobretudo, é preciso cativar e prender a atenção dos alunos. Primordialmente, contextualiza-lo com a narrativa e com os interesses da audiência e da disciplina é o caminho para criar a necessária conexão e empatia entre o herói e os estudantes.
 

2. Problematização

Em seguida, o herói, sempre, será convidado a se retirar de sua zona de conforto. Depois da introdução, herói e alunos conhecem os desafios que precisarão enfrentar e superar. A saber, esse momento não pode demorar, pois é o gatilho que desperta a curiosidade e gera a conexão que mantém o público atento e cativo.
 

3. Recusa ao chamado

Em princípio, todo herói é humano e, portanto, falho. É um atributo que humaniza e gera reconhecimento e empatia entre os alunos e o herói. Não só ele se desnuda, bem como expõe suas fraquezas e seus limites. Por consequência, dá a entender que não será capaz de cumprir os desafios apresentados. Então, esse momento de dificuldade deve se tornar um obstáculo quase intransponível. Por outro lado, fica clara e expressa a necessidade da persistência do herói, o que valoriza o problema e torna a superação dos desafios mais valioso e relevante, ao final.

 

4. Ajuda

Surpreendentemente, em meio aos momentos de perrengue, o herói sempre recebe uma oferta de auxílio. No caso do storytelling na educação, serão ferramentas, soluções, guias, amigos que o ajudarão com proteção, conhecimentos e confiança até o final de sua jornada.


5. Superação em etapas

Contudo, não é fácil superar os obstáculos e desafios. O herói e os alunos precisam superá-los, um a um. Então, a cada etapa cumprida, o herói fica mais forte, tem novos aprendizados e se habilita a novos desafios. É, também, o momento de recapitular a história. Sem dúvida, apresentar espetacularmente uma revisão do caminho percorrido e dos problemas superados também deve ocorrer. Pois, ratifica que a persistência e o próprio caminho é que forneceram a força necessária ao herói para superar todos os obstáculos até aqui.


6. Desafio final

Finalmente, depois de muito lutar, quase exausto, um grande e, aparentemente, intransponível desafio é apresentado. É o clímax de toda a história e da jornada do herói. Portanto, a narrativa precisa ser conduzida de forma a levar a audiência à máxima atenção. Será que o herói estará preparado para cumprir esse último desafio? Será que todo o aprendizado da jornada será suficiente para transpor esse obstáculo final? Sem dúvida, é o que os educandos precisam se perguntar.

Certamente, esse pode ser o momento de uma virada narrativa, um momento de catarse. O herói revela por inteiro sua humanidade: existe, ainda, uma questão pessoal e interior a ser superada. Ele precisa lutar para sobrepujar os desafios externos e os internos. É um momento de superação, força e coragem extremas. Então, quando o herói conquista em definitivo a admiração do público é que a mensagem a ser transmitida deve ser entregue. Assim, assume relevância e garante a memorabilidade entre os educandos.


7. Conclusão

Enfim, toda história precisa ter um fim. Ao final, o herói retoma sua vida. É o momento para a análise crítica e para um debate sobre como a jornada transformou (ou não) a vida e o próprio herói e quais foram os aprendizados.


Bilhete à mãe de Thomas Edison

Uma boa história pode contada de muitas maneiras e não precisa (nem deve) ser muito extensa. Mas, o modelo descrito acima é apenas um entre tantos outros. No post anterior, sobre storytelling na educação, temos um exemplo de storytelling na prática com apenas um parágrafo.

Abaixo, transcrevemos uma história, de autor desconhecido.

Certo dia, Thomas Edison chegou em casa com um bilhete para sua mãe. Ele disse:

– Meu professor me deu este papel para entregar apenas a você.

Como resultado, os olhos da mãe lacrimejavam ao ler a carta e resolveu ler em voz alta para seu filho:

– Seu filho é um gênio. Essa escola é muito pequena para ele e não tem suficientes professores ao seu nível para treiná-lo. Por favor, ensine-o você mesmo!

Por fim, depois de muitos anos, Edison veio a se tornar um dos maiores inventores do século. Após o falecimento de sua mãe, encontrou novamente o bilhete recebido na infância, porém o conteúdo era diferente do que sua mãe leu anos atrás.

– Seu filho é confuso e tem problemas mentais. Não vamos deixá-lo vir mais à escola!

De fato, Edison chorou durante horas e, então, escreveu em seu diário:

– Thomas Edison era uma criança confusa, mas graças a uma mãe heroína e dedicada, tornou-se o gênio do século.

Sem dúvida, existem certos momentos da vida onde é necessário mudar o “conteúdo do bilhete” para que o objetivo seja alcançado…


História e estórias: storytelling na prática

Storytelling na prática: uma poderosa ferramenta de ensino

Thomas Edison (11/02/1847 – 18/08/1931) foi um dos mais prolíficos inventores americanos. Apesar de não ter frequentado a escola formal, é responsável por 1993 patentes de invenções, tais como microfone, telefone, equipamentos de telegrafia, fonógrafo, câmara de filmar, fotocopiadoras, lâmpadas elétricas incandescentes etc. Sua mãe foi quem o educou, em casa.

Em contrapartida, biógrafos e estudiosos da vida e obra de Thomas Alva Edison, negam a existência desse bilhete. O que pouco importa, em verdade. A relevância e a beleza dessa inspiradora história é sua construção e propósito. Ela abre inúmeras possibilidades para os processos de ensino e aprendizagem e oportuniza uma alternativa às aulas expositivas tradicionais. Mestres e educandos podem ensinar e aprender de forma mais prazerosa e eficiente. Um belo exemplo de storytelling na prática.

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