💵 PARTE 1
Reajustar a mensalidade escolar é uma medida necessária e inevitável. Não há saída. Especialmente, quando a conjuntura nacional cria cenários de inflação, juros e preços que tornam defasado o valor que a escola cobra pela educação de qualidade que oferece.
👉POR QUE ISSO É IMPORTANTE⚠️
Sobretudo, reajustar a mensalidade escolar pode ser um desafio e tanto para os gestores educacionais. Entender isso e alinhar estratégias é de extrema importância, já que esse é um processo que pode gerar insatisfação entre os pais e responsáveis, além de outros contratempos. Afinal, manter uma escola funcionando plenamente com mensalidades defasadas não é viável.
Mas, não pense que esse processo deve ser conduzido de qualquer maneira. É importante agir com planejamento e comunicação. Aumentar a mensalidade escolar requer estratégia, seguindo também as diretrizes do Código de Defesa do Consumidor.
Nesse sentido, compartilhamos 7 superdicas para sua escola preparar o aumento da mensalidade para o próximo ano letivo.
Acompanhe o blog post até o fim. Ele será dividido em dois posts, pois ficou um pouquinho grande o material. E, dessa forma, tenho certeza, você aproveitará melhor o conteúdo, sem cansar. Hoje, nesta primeira parte, trataremos sobre:
por que reajustar a mensalidade escolar;
quando aumentar a mensalidade escolar.
Veja as dicas que compartilharemos na parte final deste blog post:
introduzir serviços adicionais agrega valor;
como comunicar o reajuste da mensalidade escolar de forma transparente e eficaz;
gestão escolar integrada e unificada contribui para o controle; e
a satisfação da comunidade escolar.
Continue a ler e descubra por que, quando e como reajustar a mensalidade da sua escola para o próximo ano letivo de forma correta e tranquila.
Por que reajustar a mensalidade escolar?
A necessidade de aumentar a mensalidade se justifica por fatores que influenciam nos custos, tais como:
investimentos em infraestrutura física e tecnológica;
inclusão de serviços essenciais, como água e eletricidade;
impacto dos salários dos professores e funcionários, por exemplo.
A Lei nº 9.870 permite um reajuste anual, especificamente, durante o período de matrículas e rematrículas. O detalhe é que não há um limite estabelecido para esse ajuste.
Isto é, as escolas têm liberdade para determinar o aumento, desde que seja condizente com os custos que a instituição terá durante o ano letivo. Portanto, é fundamental ter sensatez para definir um valor justo para todos, sem correr o risco de perder alunos para a concorrência.
Quando aumentar a mensalidade?
A legislação exige que a escola divulgue uma proposta de contrato com, no mínimo, 45 dias de antecedência em relação ao término das campanhas de matrículas e rematrículas.
Ou seja, o contrato escolar deve informar condições e valores com exatidão. Desde a cobrança da taxa de matrículas e rematrículas até, principalmente, o valor exato da mensalidade reajustada, que será cobrada no próximo ano letivo.
Por isso, o começo do ano letivo é o melhor momento para as escolas particulares iniciarem a cobrança das mensalidades já reajustadas.
Você sabe a diferença entre despesas, custos e investimentos?
A gestão destes elementos é o que torna possível a sustentabilidade econômica e financeira do empreendimento educacional, frente às receitas da instituição de ensino.
Por isso, antes das superdicas, vale a pena esclarecer a diferença entre custos, despesas e investimentos. Veja como o Sebrae explica e separa cada uma dessas “saídas” na contabilidade das escolas:
➡️DESPESAS, ou gastos, representam todos os valores que saem da conta da empresa com o objetivo de pagar os produtos e serviços necessários para garantir o funcionamento do negócio no dia a dia.
➡️CUSTOS são aqueles gastos ou despesas relacionadas diretamente à produção de um bem ou serviço, que fazem parte da expertise da empresa. Isso inclui o pagamento de mão de obra, matéria-prima, energia elétrica, embalagem, manutenção etc.
➡️INVESTIMENTOS são os custos que se destinam a gerar um benefício, uma vantagem competitiva, um diferencial estratégico ou lucro maior para a instituição de ensino no futuro.
Se você quiser, clique aqui e acesse o artigo completo: Saiba as diferenças entre despesas, custos e investimentos. Vamos, então, às superdicas para reajustar a mensalidade de forma organizada e segura.
1️⃣ Faça um levantamento de todos os gastos da escola
O primeiro passo para reajustar a mensalidade, certamente, é analisar todos os gastos da escola. Sobretudo, é necessário ter uma estimativa detalhada dos custos para o próximo ano letivo. Afinal, erros de precificação, só podem ser corrigidos no final do ano. O que, certamente, pode prejudicar a qualidade do ensino e o funcionamento da escola.
Portanto, agrupar todas as despesas é imprescindível para uma visão clara dos gastos médios para o próximo ano. De fato, isso inclui a totalidade de itens como:
salários de professores e funcionários;
contratação de novos talentos (se planejado);
custos com água, eletricidade, internet, manutenção das instalações, tributos e assinaturas de plataformas, por exemplo; além de
recursos como um bom supersistema de gestão escolar.
👉 LEMBRE-SE: a gestão financeira da instituição financeira, além de otimizar o cálculo para o reajuste, também é responsável por oferecer uma justificativa fundamentada para pais e responsáveis.
2️⃣ Defina os recursos pedagógicos para o próximo ano
Sem dúvida, reajustar a mensalidade escolar deve contemplar os recursos pedagógicos planejados para o ano seguinte. Claro, desde que estejam voltados a aprimorar a qualidade do ensino.
Nesse sentido, os gestores devem revisar o Planejamento Escolar. Desde o Projeto Político Pedagógico até outros documentos, como o Plano de Ação Escolar, por exemplo. Enfim, todos custos e despesas devem ser considerados na hora de calcular o índice de reajuste da mensalidade escolar.
3️⃣ Calcule o custo por aluno
Todas as despesas previstas para o ano letivo foram contabilizadas? Agora, é hora de calcular o custo de cada aluno. Isso envolve dividir o valor total das despesas pela quantidade de alunos, incluindo os atuais e os futuros.
Esse cálculo ajuda a determinar a margem de lucro necessária. Afinal, a escola precisa ter recursos para enfrentar imprevistos e garantir a sustentabilidade financeira e econômica.
Vale lembrar que, antes de ser uma instituição educacional, a escola é uma empresa. Por isso, é vital manter a operação saudável, sob os aspectos financeiros e econômicos.
Além disso, entender o custo por aluno é valioso para definir descontos que possam ser oferecidos às famílias.
Não perca a conclusão deste blog post. Descubra quais são as últimas quatro superdicas para reajustar a mensalidade da sua escola.
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